Quais
realmente seriam as duvidas de uma pessoa com T.A? O que queria saber que não
existe de forma tão superficial nas informações corridas no Google?
E deu certo... A entrevista foi de uma maneira clara
e intensa por isso dividimos em duas partes para que assim pudesse refletir nas
resposta de forma tranquila e serena ...Peguem um café e
venham para o nosso divã com a psicóloga Luciana Kotaka !
Sobre a Luciana : Psicóloga e especialista em Transtornos Alimentares, Luciana Kotaka desenvolve seus trabalhos há mais de 14 anos, sendo referência nesta área por realizar atividades focadas em tratamentos que envolvam a relação direta entre o distúrbio do peso e a psicologia.
Equipe Help: Como podemos encontrar o amor próprio para que sejamos
felizes com o nosso corpo?
A
psicoterapia irá trabalhar as questões internas, nossa autoimagem, do porque
nos construímos de determinada forma e como ir mudando essa visão a respeito de
nós mesmos. O resgate da autoestima, com técnicas específicas que são
utilizadas com esse objetivo. Quando aprendemos a falar não, a nos respeitar,
nos aceitar, aprender a nos amar.
2) Existem varias contradições sobre o processo do Transtorno
Alimentar (T.A). Você como psicóloga na
área a anos qual o seu posicionamento sobre: Como é o processo da recuperação do
T.A? Existe realmente cura ou só controle dos comportamentos?
Não existem
outras formas de se tratar as Tas que não seja com uma equipe clínica, sendo
assim o tratamento consiste em: um profissional nutricionista para auxiliar
essas pessoas a aprenderem a comer correta e saudável. O piscólogo que irá
focar nos transtornos de imagem corporal, ansiedade, depressão, baixa
autoestima, entre outros fatores que fazem parte do processo das pessoas,
auxiliando-as a desenvolverem recursos internos e externos para aceitarem seu
corpo e/ou buscarem mudanças de forma adequada.O
Psiquiatra que pode medicar quando se faz necessário a intervenção com
medicação. O grupo terapêutico, que irá proporcionar aos participantes a
identificação com o outro e a ajuda mútua na busca de saúde mental e alimentar.
Existe os grupos de compulsivos anônimos que também tem o objetivo de auxiliar
no controle da compulsão, seguem os passos do AA.
3) Mesmo sabendo que o T.A é multifatorial
muitas começam por não lidar com ansiedade e novidades que a vida reserva
fazendo assim uma transferência para
alimentação. Poderia dar umas dicas para não colocar a comida como caminho
situacional?
O
primeiro passo é a conscientização, mas a um nível mais profundo, de forma que
as novas informações e desejo de mudança possam realmente alterar o
comportamento. A partir desse momento que existe o desejo de mudar e a pessoa
está realmente aberta para isso, fica mais fácil seguir uma nova vida, buscando
sempre melhorias reais. É importante avaliarmos com um médico psiquiatra
especialista nessa área se o nível de ansiedade apresentada realmente deve ser
tratada com ansiolítico ou somente com terapia, pois o nível for muito alto o
paciente não consegue controlar a ansiedade e acaba comendo, e aqui podemos
também citar a compulsão que estão caminhando juntas. O importante é que a
partir do momento que está em processo terapêutico vai conseguir lidade melhor
com a relação comida e afeto, porque ao contrario do que imaginamos, a causa do
comer nem sempre está ligado a comida em si, mas em situações que podem ter
ocorrido em qualquer fase da vida, na infância por exemplo.Desta forma dar
dicas de controle de ansiedade podem ou não funcionar, vai depender do elemento
inconsciente que as levam a comer em excesso.
Porém vou
passar algumas dicas concretas: (Corre para anotar no seu caderninho)
- Coma a
cada 3 horas, evitando assim crises compulvisas
- Prática
de Yôga, que ajuda através de exercícios de respiração a controlar a ansiedade.
- terapia
-Encontrar
outras formas de liberação de ansiedade, por exemplo fazendo um trabalho manual
que seja prazeroso;
- Atividade
física.
- Outras
atividades que tem o poder de mudar a mente da comida, algo que relaxe e dê
prazer.
4) Como controlar os pensamentos?
Existem
medicações que podem auxiliar essa situação e junto com a terapia seja
individual ou em grupo os benefícios e mudanças vão melhorando esses
pensamentos que se tornam obsessivos.
Gostaram do esclarecimento?